A concretizar-se este cenário, milhões de pessoas em todo o mundo poderiam passar a beneficiar deste avanço tecnológico. A Regenovo, nome pelo qual é conhecida esta bio-impressora, consegue construir órgãos com camadas celulares a partir de gel biológico, num processo que tem sido comparável ao da utilização do tijolo e da argamassa na construção de uma parede.
"Os materiais que usamos pertencem todos a um tipo de hidrogel. Esse hidrogel é como gelatina ou colagénio, tem as mesmas propriedades físicas dos nossos corpos", afirma o professor Xu Ming em declarações à Reuters. Este material é utilizado na impressora e permite construir "células nos lugares apropriados, como se fossem tijolos. É um processo meticuloso", completa.
Um cenário onde um mercado de produção de órgãos humanos se encontre perfeitamente estabelecido, contudo, ainda está a aproximadamente duas décadas de se concretizar, uma vez que é necessário conceber uma forma adequada de interacção entre os órgãos artificiais e o corpo.
"Primeiro, os materiais que as impressoras 3D utilizam precisam de ter um nível de precisão mais elevado, e precisam de poder imprimir uma variedade de células maiores e de criar estruturas celulares mais complexas". Uma evolução que, segundo Ming, poderá evoluir paralelamente com a investigação no campo das células estaminais.
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